segunda-feira, 29 de junho de 2015

Resgates, mentiras e «nós os ricos»…

Qualquer cor serve, desde que seja Merkel...

Anda tudo a reescrever a história, ninguém quer ser o coveiro do seu País ou do euro, nem ficar assim na história. Dizem-se enormidades e depois, afinal, ninguém disse nada disso.

Em Portugal, PP Coêlho fartou-se de dizer idiotices sobre a situação portuguesa, «que conhecia muito bem», assegurando que o seu Governo protegeria os portugueses dos horrores do PEC IV. Logo que chegou ao governo, desdisse tudo o que dissera, e agora diz que nunca disse.

Em Bruxelas, na semana passada, foi apresentada uma proposta aos Gregos que era de «pegar ou largar», ouviram-se expressões como «o jogo acabou» e agora a Grécia tem de aceitar isto, que é uma «proposta extraordinariamente generosa», caso contrário, não há mais negociações, esta seria «a última oportunidade».

No sábado, depois de saberem que os Gregos iriam convocar um referendo para decidir (enquanto nação) se aceitavam ou não a «proposta extraordinariamente generosa», os ministros das finanças declaram as negociações terminadas e recusaram a proposta grega de prorrogação do resgate por mais um mês.

Hoje, acusam a Grécia de ter «deixado a mesa das negociações», proclamam a «porta aberta à Grécia», dizem-se dispostos a negociar «sabendo que numa negociação ninguém pode obter 100%» (Merkel dixit).

Tudo isto quer dizer que depois do referendo grego (que segundo a Lagarde não teria sentido porque a proposta da troika já não existe), os «europeus» estão dispostos a tudo para evitar um meltdown do euro.

É caso para perguntar porque é que não estavam no sábado. A resposta é que se irritaram e decidiram fazer birra. Quem? Uns tipos que ninguém elegeu, do género da nossa Maria Luís, uns burocratas malcriados e arrogantes, que decidiram indispor-se com a Grécia.

A nossa Maria Luís e o nosso Pedro Coêlho, então, lembram-me uma história que se terá passada na Covilhã, em que um pobretanas conhecido por cravar toda a gente, herdou uma fortuna de um tio e passou a frequentar o club de empresários da terra, onde quando se discutiam assuntos de greves nas fábricas, declarava cheio de empófia «nós, os ricos, temos de pôr essa canalha na ordem…».

Nós os Ricos...!

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