quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Apesar de tudo, o Público aguenta-se


.Apesar de cada vez termos menos pessoas a ler, o Público aguenta-se.

Apesar do imediatismo fazer parte do dia-a-dia dos nossos média e o Público não seguir essa via, o Público aguenta-se.

Apesar do “i” que nasceu já fora do tempo, mas a apostar na qualidade, não ter conseguido seguir o trajecto inicial, o Público com qualidade aguenta-se.

Apesar de ter que acabar com o suplemento de domingo, que fazia parte da leitura de todos os que, mesmo com outros suplementos antes do “2”, lemos o Público desde o primeiro número, o Público aguenta-se.

Apesar de ter que deixar de ter alguns colunistas de qualidade, sempre, o Público aguenta-se

Apesar de cada vez haver menos publicidade para distribuir equitativamente pelos meios de comunicação escrita, o Público aguenta-se.

Apesar de a leitura, mormente em papel, estar em desuso o Público ainda aguentar o papel em paralelo com o on-line.

Apesar de a qualidade não ser o mote do nosso quotidiano, seja em comunicação social, seja em muito mais situações do nosso dia-a-dia, o Público com qualidade aguenta-se.

Apesar de o Publico ter tido, neste fim de ano de 2015, que fazer mais uns cortes de custos, o Público aguenta-se.

Mau será o dia em que o Público se não aguentar, ou tiver que seguir a via da não qualidade e não conteúdo para se aguentar.

E sem dúvida que temos que felicitar o Engenheiro Belmiro de Azevedo, por ter criado o Público e por estar a querer aguentá-lo contra ventos e marés, nestes tempos nada fáceis, para muito coisa: como a Democracia, os Valores e a claro, Imprensa com Qualidade.

E o Público aguenta-se e é muito bom.

Pena será o dia, que se espera não aconteça, em que se tiver que dizer por já não ter onde o escrever, o Público como Público não se aguentou e acabou. Esperemos que tal nunca aconteça! E todos dentro e fora temos que ajudar a manter o Público!

Augusto KÜTTNER DE MAGALHÃES
28 de Dezembro de 2015




1 comentário:

Augusto Küttner de Magalhães disse...

Muito grato por ter "espaço" aqui e agora!.

E, a menção feita ao engenheiro Belmiro de Azevedo tem muito significado, dado que se não fosse "ele", de certo já não teríamos Público

E muitos não gostaram que fizesse esta referência, dado que muitos não gostam de Verdades.

Muito bom continuarmos a ter Público.

Um bom Ano.

Abraço

Augusto