Já aqui tenho abordado o tema do declínio demográfico. Um dos meus posts foi "Portugal do futuro: a catástrofe demográfica", há mais de um ano.
É um problema a que não se liga a devida atenção, apesar de, desde pelo menos há dez anos, ser notícia regular na comunicação social. E já antes os mais lúcidos e atentos alertavam para isso. Mas é um tema que vem... e vai. Perante a indiferença geral e dos poderes públicos, o inverno demográfico é que é cada vez mais grave e alarmante.
Hoje, a notícia vem no PÚBLICO: Portugal acabou 2012 com menos 55 mil residentes. É um facto que não surpreende. Dói, mas não espanta. [Também no jornal i: População residente em Portugal em 2012 continua a cair. ]
Por mim, naquele post, tinha estimado, em linha com as projecções divulgadas pelas Nações Unidas para o final do século, que iríamos perder uma média de 47.000 habitantes por ano - o equivalente a um concelho como o Porto, a cada cinco anos.
Já estamos, afinal, pior que isso. Se nada for feito, perderemos, não 4 milhões, mas quase 5 milhões de habitantes até 2100.
Um país decadente, envelhecido e em declínio, uma economia anémica e miserável, os sistemas sociais em cacos - é o que espera quem cá estiver, se nada inverter a rota do desastre.
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