Qualquer cor serve, desde que seja Merkel...
Anda tudo a reescrever a
história, ninguém quer ser o coveiro do seu País ou do euro, nem ficar assim na
história. Dizem-se enormidades e depois, afinal, ninguém disse nada disso.
Em Portugal, PP Coêlho fartou-se
de dizer idiotices sobre a situação portuguesa, «que conhecia muito bem»,
assegurando que o seu Governo protegeria os portugueses dos horrores do PEC IV.
Logo que chegou ao governo, desdisse tudo o que dissera, e agora diz que nunca
disse.
Em Bruxelas, na semana passada,
foi apresentada uma proposta aos Gregos que era de «pegar ou largar»,
ouviram-se expressões como «o jogo acabou» e agora a Grécia tem de aceitar
isto, que é uma «proposta extraordinariamente generosa», caso contrário, não há
mais negociações, esta seria «a última oportunidade».
No sábado, depois de saberem que
os Gregos iriam convocar um referendo para decidir (enquanto nação) se
aceitavam ou não a «proposta extraordinariamente generosa», os ministros das
finanças declaram as negociações terminadas e recusaram a proposta grega de
prorrogação do resgate por mais um mês.
Hoje, acusam a Grécia de ter
«deixado a mesa das negociações», proclamam a «porta aberta à Grécia», dizem-se
dispostos a negociar «sabendo que numa negociação ninguém pode obter 100%»
(Merkel dixit).
Tudo isto quer dizer que depois
do referendo grego (que segundo a Lagarde não teria sentido porque a proposta da
troika já não existe), os «europeus» estão dispostos a tudo para evitar um meltdown do euro.
É caso para perguntar porque é
que não estavam no sábado. A resposta é que se irritaram e decidiram fazer
birra. Quem? Uns tipos que ninguém elegeu, do género da nossa Maria Luís, uns
burocratas malcriados e arrogantes, que decidiram indispor-se com a Grécia.
A nossa Maria Luís e o nosso
Pedro Coêlho, então, lembram-me uma história que se terá passada na Covilhã, em
que um pobretanas conhecido por cravar toda a gente, herdou uma fortuna de um
tio e passou a frequentar o club de empresários da terra, onde quando se
discutiam assuntos de greves nas fábricas, declarava cheio de empófia «nós, os ricos, temos de pôr essa canalha na ordem…».
Nós os Ricos...!
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