O Hino da Restauração não teve sempre a letra por que hoje o conhecemos e cantamos e que já foi aqui evocada.
A letra original era a seguinte:
Lusitanos, é chegado
O dia da redempção
Caem do pulso as algemas
Ressurge livre a nação
O Deus de Affonso, em Ourique
Dos livres nos deu a lei:
Nossos braços a sustentem
Pela pátria, pelo rei
Às armas, às armas
O ferro empunhar;
A pátria nos chama
Convida a lidar.
Excelsa Casa, Bragança
Remiu captiva nação;
Pois nos trouxe a liberdade
Devemos-lhe o coração.
Bragança diz hoje ao povo:
"Sempre, sempre te amarei"
O povo diz a Bragança
"Sempre fiel te serei"
Às armas, às armas
etc, etc...
Esta c'roa portugueza
Que por Deus te foi doada
Foi por mão de valerosos
De mil jóias engastada.
Este sceptro que hoje empunhas,
É do mundo respeitado,
Porque em ambos hemispherios
Tem mil povos dominado!
Às armas, às armas
etc, etc...
Nunca pode ser subjeita
Esta nação valerosa,
Que do Tejo até ao Ganges
Tem a história tão famosa.
Ama-a pois, qual o merece;
Ama-a, sim, nosso bom rei
Dos inimigos a defende,
Escuda-a na paz, e lei.
Às armas, às armas
etc, etc...
Ai! Se houver quem já se atreva
Contra os lusos a tentar,
O valor de um povo heróico
Hade os ímpios debellar.
Viva a Pátria, a liberdade,
Viva o regime da lei,
A família real viva,
Viva, viva o nosso rei.
Às armas, às armas
etc, etc...
A autoria do hino, com data de 1861, é de Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida (música) e de Francisco Duarte de Almeida Araújo e Francisco Joaquim da Costa Braga (poema original). Monteiro de Almeida era um compositor e professor do Conservatório Nacional (1826 - 1898). Almeida Araújo e Costa Braga eram os autores da peça de teatro musical em que o hino se incluía.
2 comentários:
Este Hino prova que já fomos muito mais patriotas do que somos hoje, se é que somos.
^Não , este hino só prova que na altura estavam os monárquicos no poder, o outro é de todos os portuguese
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