Não pode passar despercebida a forma enfática como o Presidente da República ontem, em Mondim de Basto, se referiu novamente ao Governo e às garantias reforçadas que lhe foram dadas pelos dois partidos da coligação, PSD e CDS. Vale a pena, aliás, ouvir o som original da reportagem da TSF, para cada um avaliar melhor como Cavaco Silva pesou cada palavra que disse.
O Presidente escolheu falar desta maneira, no dia seguinte a o Governo ter ganho folgadamente a moção de confiança na Assembleia da República. Disse isto:
O Presidente escolheu falar desta maneira, no dia seguinte a o Governo ter ganho folgadamente a moção de confiança na Assembleia da República. Disse isto:
«Os dois partidos da coligação assumiram comigo o compromisso de manter e reforçar a coesão governamental, representada por dois partidos, e de alcançar de forma duradoura uma sintonia em relação às principais políticas económicas e sociais.»
E acrescentou:
«Esperamos para ver.»
O seu pensamento - e o seu sentimento - não podia ter sido expresso de modo mais claro.
O jornal SOL, por seu turno, acrescenta ainda este outro trecho, também sintomático:
Quanto à moção [de confiança], Cavaco Silva referiu apenas que teve um voto favorável. "Portanto a conclusão de que podemos tirar é de que o Governo tem um apoio maioritário da Assembleia da República, que é uma condição necessária para se completar uma legislatura", acrescentou.
Cavaco Silva guarda um olhar próximo e muito atento sobre o desempenho da coligação de governo; e mostra que não se apagaram as preocupações abertas pela infeliz crise de Julho.
Razão por que é prudente e avisado mantermos bem presentes os 5 mandamentos deste segundo fôlego. E, muito importante, a chave de tudo, como o Presidente sublinhou em 21 de Julho e ontem recordou: «garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura.»
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