Quando pensávamos que as coisas estavam a acalmar, como naqueles incêndios que estão em «rescaldo», verificamos que, por baixo das cinzas, o fogo ainda lavra.
Nada de que não tenhamos ouvido
falar aqui, perante os protestos do establishment
de que esse tipo de conversa é fantasista.
Pois será. Vamos ver agora na
Grécia se a fantasia se confirma como realidade e ainda poderemos ver os nossos
«tão, mas tão sérios, que são mais troikistas que a Troika» embarcar numa
renegociação da divida à boleia da esquerda radical grega, mas sem terem a mínima
ideia do que estão a fazer.
No fundo, no fundo, os cobardes
que nos governam (se se pode chamar a isto «governar») adorariam ser umas
«marias vai com as outras» e beneficiar de boleias. Ou seja, em vez de
controlarem um processo de negociação razoável, arriscam-se a entrar num processo
de derrapagem descontrolada, quer queiram, quer não.
Pode ser que a perspectiva de
eleições crie as condições para que alguém que queira governar o País decida
apresentar um plano coerente de Governo e acabar com estas águas paradas. Pode
ser que a crise grega acabe por ser uma coisa boa para nós, ao lancetar este
tremendo abcesso em que se transformou a crise do Euro. Deus queira…
Bom Ano Novo de 2015!
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