terça-feira, 14 de julho de 2015

A produtividade da Alemanha e a de Portugal


Segundo os últimos dados estatísticos sobre Trabalho e Produtividade, dos países da OCDE, constata-se algo que todos estamos fartos de saber, que a Alemanha trabalha muito menos horas que Portugal - e não o inverso como há uns anos a esta parte a Chanceler Merkel afirmava, para nos denegrir - mas a produtividade - produção por trabalhador - alemã é muito mais alta, que a nossa.

Mas, por outro lado, a AutoEuropa instalada em Portugal a fazer automóveis para o Grupo e do Grupo VW, é das mais produtivas de  todas as existente. E o Director geral é um português, e a maioria dos trabalhadores são portugueses.

E, todo o qualquer português que trabalha na Continental/Mabor, em Lousado, outra empresa alemã cá instalada, é tão ou mais produtivo que qualquer alemão.

E, todos os portugueses que trabalham por esse mundo fora, do mais alto ao mais baixo patamar da pirâmide hierárquica são tão bons como os demais. O Director geral do Grupo Bayer na Alemanha é um português.

Bem, como todos sabemos o problema não é do Trabalhador Português, o problema é da Organização. As nossas Organizações, por cá, são uma desorganização/ organizada. Por norma no topo da pirâmide não está quem por mérito lá deve estar, mas quem sendo amigo/conhecido de um importante, por favor lá foi parar. Consequentemente não tem a mínima capacidade de fazer o que deve ser feito, para além de se rodear de adjuntos que para lá ficam a marinar, a fazer carreira, e não a fazer um bom trabalho.

Temos por de mais empresas que não têm como ser produtivas, por não terem uma “cabeça” que saiba, o que quer que seja. Para além de numas quantas empresas familiares, a família que como tal é muito capaz, quando passa para a empresa, não resulta.

E, claro, no público o sistema ainda está pior, repleto no topo da pirâmide de jotas, que entraram para as juventudes partidárias e que por lá se eternizaram, tendo-lhes necessariamente sido arranjados lugares, para os quais não têm a mínima aptidão, mas são parte de fazer “parte” dos compromissos, internamente assumidos nos nossos partidos políticos.

 E “isto não qualquer invenção de última hora , basta verificar o percurso da maioria dos políticos e seus afilhados nos últimos 20 anos, onde estavam, por onde foram passando, e onde hoje, ainda,  estarão.  Ver para crer! E sendo algo transversal a todo qualquer partido, a todo e qualquer movimento, do nosso “sistema”!

Quando por mérito for possível mudar a forma de organizar, de trabalhar, de estar, seremos tão ou mais produtivos que os alemães na Alemanha. E não temos que perder quaisquer características, nossas, como não perderam todos os portugueses que trabalham na AutoEuropa a Sul de Lisboa ou na Continental a norte do Porto, ou pelo Mundo fora.

Até lá vamos navegando à vista!

Augusto KÜTTNER DE MAGALHÃES
13 de Julho de 2015

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