segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fernando Henrique Cardoso de facto foi bom

Fernando Henrique Cardoso

O Presidente do Brasil que antecedeu Lula da Silva, de facto, foi eficaz. E conseguiu preparar o terreno para o seu sucessor na Presidência do Brasil, Lula da Silva, fazer as reformas que fez a bem dos mais pobres, dos sem terra.

Mas não se “queimou” como fez Lula da Silva e a actual Presidente Dilma.

E, não tendo que estar tanto às esquerdas, foi um reformador, tendo - ainda - feito parte de uma classe política que hoje, por todo o lado, está em total via de extinção. Digamos que o único que ainda dá um ar de leader é Obama nos EUA. De resto, cada um que actua por todo o lado consegue ser pior, bem pior que o anterior.

Temos o Brasil uma vez mais a arder, agora com Lula da Silva e Dilma a serem queimados pelo que deveram ter feito – utilizado mal – com dinheiros públicos. E, em simultâneo, temos Fernando Henrique Cardoso a estar sempre bem, a dar lições de Cultura e Política hoje e a não ser acusado de corrupção como os seus antecessores e os seus sucessores, na Presidência do Brasil.

E o Brasil, que apesar de se ter esquecido de construir – algo que também não aconteceu e devia ter acontecido no tempo de Fernando Henrique Cardoso – as infraestruturas de comunicação no País, parecia que poderia aproveitar toda a sua riqueza, a bem do País e da População e crescer sustentadamente e com futuro. Não está a conseguir; e vai ser dramático.

Fernando Henrique Cardoso enquanto Presidente do Brasil fez Obra, enquanto Director-Geral da Unesco fez Obra, e hoje ainda dá ensinamentos a quem o queira ouvir, e ler.

Com pena de quem se encontra mais à esquerda que FHC – caso do que escreve aqui e agora, estas linhas – é também pena que Lula da Silva não tenha conseguido manter-se numa linha que o não levasse para a corrupção, e Dilma ainda pior.

Se se sabe que o Poder Corrompe, tem que haver baias para que tal não aconteça, tem que haver transparência total para que tal não aconteça, e tem que haver vergonha quando acontece.

Mas não está a ser o caso. Claro não só no Brasil, mas uma vez mais no Brasil.

Mesmo que possamos estar mais à esquerda, temos que elogiar Fernando Henrique Cardoso; e apontar o dedo a Dilma, que, como muitos previam nas últimas eleições, apesar do adversário não ser uma pessoa exemplar – algo que se esvaiu globalmente na política e nos políticos – confirma-se que seria um perigo para o Brasil e um mau exemplo ao Mundo. Verdade indesmentível, hoje!

Augusto KÜTTNER DE MAGALHÃES
19 de Julho de 2015

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