Ó freguês, vai um swap snowball? tão fresquinhos...
As motivações expressas para os contratos de swap:
“(…) exerci as funções de
presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto entre 26 de março de
2008 e 15 de junho de 2012; em virtude
de sucessivos governos terem determinado e autorizado investimentos sem a
necessária cobertura de financiamento, quando assumi funções a Metro do Porto
tinha uma dívida acumulada da ordem dos 2000 milhões de euros;
imediatamente a seguir à entrada em funções, a administração a que presidi teve
de obter financiamentos para fazer face aos compromissos anteriormente
assumidos; como referi, a efetivação das operações de financiamento trazia
associado um contrato swap, sendo que o primeiro swap remonta já a 2003.
Pergunta da Srª Deputada Cecília
Meireles (CDS-PP): “Sei que não conhecem o relatório da IGCP mas nele refere-se
que: «O que se constatou, no entanto, foi que as empresas, em especial a Metro
de Lisboa e a Metro do Porto, seguindo outras motivações que não a simples
cobertura de risco e talvez devido a
dificuldades de financiamento, contrataram transações com elevado grau de
complexidade mas em que os fluxos nos primeiros anos foram minimizados”.
A Sra. Dra. Gorete Rato
respondeu: “Sr.ª Deputada, eu diria que esse «talvez» devido a dificuldade de financiamento pode retirá-lo, como
é óbvio.”
Dizem os Bancos:
“Foram apresentadas várias
soluções [para mitigar as perdas]: a introdução de resets, que limpavam, nestes produtos snowball, o efeito de memória; retirar barreiras, a inferior ou
alguns períodos de leitura dessas barreiras, ou inclusive, fazer o locked-in do mark-to-market em taxa fixa.”
Deu para entender?
Contratação de swaps por parte de
8 empresas públicas, a saber: Metro de Lisboa, Carris, Metro do Porto, STCP, CP
e EGREP, por terem carteiras de derivados classificadas como problemáticas pelo
IGCP - 3.044 milhões de euros de
perdas.
2013. Desde aí só piorou.
Pergunta ainda a Sr.ª Deputada
Cecília Meireles (CDS-PP): “Aquilo que lhe perguntava é o seguinte: então, a
realidade é que os contratos swap foram utilizados não para cobertura
verdadeira de risco mas, sim, como fonte de financiamento para, dizendo as
coisas como elas são, ganhar dinheiro? “
Resposta do Sr. Eng.º Juvenal da
Silva Peneda: “Sr.ª Deputada, não faço ideia. Sei que era uma moda, pronto. Enfim…”
1 comentário:
Tanta moda feita para ficarmos com a dívida impagável pública que temos......
País este triste e enfadonho que está hoje.....
E agora no Porto e em Lisboa vai-se dar cabo do Turismo, com a abertura de hotéis por tudo que tenha espaço para hotel ser e tudo falir
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