sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O homem que nos ficou caríssimo ou, quanto custa a vaidade


«Oh pra mim, tão importante a dar cabo do Novo Banco!»


É um super Juiz, um super herói, o único de cerca de 2.000 juizes portugueses que pode instruir processos complexos de delinquência de colarinho branco, o grande chefe do Ticão, o Tribunal Central de Instrução Criminal.
É o nome que hoje anda nas bocas dos portugueses: Carlos Alexandre, o grande.
Ontem, quinta feira, decidiu fazer uma rusga ao BES, que por acaso é o novo banco. 
Centenas de agentes da judiciária, da inspecção tributária, 14 procuradores, UM Juiz, Carlos Alexandre.
Nada que não pudesse ter obtido com um pedido escrito à administração do Novo Banco, mas pedidos escritos não levam dezenas de câmaras de televisão e centenas de jornalistas atrás, uma rusga é que é.
O dia de ontem do Sr. Alexandre custou-nos provavelmente, entre umas centenas e uns milhares de milhões de euros em desvalorização vertiginosa do Novo Banco, que já não estava famoso.
Ao Sr. Alexandre, tanto se lhe dá. Afinal o que é o ego dele comparado com esses trocos?

Oi! Há alguem no Conselho Superior da Magistratura que explique ao Sr. Alexandre que Justiça não é sinónimo de palhaçada?

1 comentário:

Nelson Mendes disse...

Caríssimo, como leigo na minha opinião há poucas rusgas para o tipo de malfeitores de colarinho-branco que temos.
Note bem que preciso da declaração de interesses abaixo como cínico que perdeu um caso em tribunal de trabalho há poucas semanas, depois de ter sido traido pelo meu próprio advogado e sem perceber o porquê da hostilidade da Juiza para comigo. Até ver após a última sessão esta ir almoçar com o advogado de uma das empresas rés e com o perito médico desta!!!
Abraço