sábado, 27 de fevereiro de 2016

Não havia necessidade em fazer cartazes, e não só, que se “exibem” com base em Religião

Já tinha sido um erro e que foi pago com vidas, um jornal satírico francês ter tido o mau gosto, repetido e repetido, de achar que a “sua” liberdade era achincalhar Maomé, ou seja, o Islão. E agora já o veio fazer com o Cristianismo!

Temas há, que têm – devem - que ser abordados com muito seriedade, e cuidado, nos quais se inclui sexo e Religiões/Igrejas. Não adianta fazer ferir susceptibilidades para vender mais, no caso do jornal francês, ou para fazer passar uma mensagem ou uma vitória, no caso do Bloco de Esquerda.

Quanto ao satírico jornal francês, nada mais haverá a dizer. Já, quanto ao Bloco de Esquerda, para fazer passar a menagem de que venceu na sua “igualdade” em casais do mesmo sexo poderem adoptar filhos, ter feito uma comparação com Jesus Cristo por ter tido dois pais do mesmo sexo, que, conforme dizem as Escrituras, seriam Deus e José, é de muito, mas muito mau gosto.

Quem “isto” escreve estará um pouco à-vontade para o fazer, dado já ter sido crente; contudo, por no andar da vida ter deixado de o ser, nem com Maomé, nem com Jesus Cristo, nem com o Messias que há-de vir dos Judeus, se melindra. Mas considera de muito mau gosto terem que ser usadas estas “tácticas”, quer para ganhar dinheiro, como o jornal em Paris, quer para passar a mensagem de vitória de um modelo defendido pelo Bloco de Esquerda. Claro que não são casos únicos, mas são totalmente dispensáveis.

Tem o efeito totalmente contrário ao que por certo se quereria, no caso o Bloco, que não foi estar a passar a mensagem de que a vontade que tiveram, discutível, de casais do mesmo sexo conseguirem adoptar crianças, está legalizada, e ficou a confusão de se terem metido numa área que melindra muita gente, num País potencialmente católico de Roma, como é o nosso.

E mesmo que as pessoas arranjem sempre uma desculpa para não serem praticantes, e só irem à missa de quando em vez, no fundo foram educadas na crença Católica Romana, e não gostam de a ver ridicularizada. E, convenhamos, “não havia necessidade”...

Cada vez mais, temos todos, velhos, novos e de meia-idade, que ter muito cuidado e muito respeito “pelo outro”, neste tempo de demasiado fácil acesso à informação, e nas formas de a fazer passar, sem ter que ir pelos caminhos mais chocantes.

Agora, vamos ter, durante uns dias, mais um tema para ser explorado por todos até ao limite. Em vez de se falar de conteúdo, foi-se - e muito mal - para além da forma.

É pena, não é correcto, e não cria futuro. Mas quem faz lá saberá por que o fez.

Augusto KÜTTNER DE MAGALHÃES
27 de Fevereiro de 2016

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