Seguro, Zorrinho e outros tenores do PS continuam a insistir na ideia de que o Orçamento de Estado para 2012 tem muitas "folgas" e está cheio de "almofadas", bastantes para acomodar as propostas de alteração dos socialistas contra a austeridade.
Tenho andado a estudar o assunto e cheguei à conclusão de que, de facto, o OE 2012 está carregadinho de almofadas, já que os governos do PS nos deixaram cheios de folgas. Encontrei, pelo menos, seis folgas.
De 2004 para 2005, logo no primeiro ano de estreia de Sócrates, o PS deixou-nos a primeira folga: mais 11 mil milhões de euros de aumento da dívida pública.
De 2005 para 2006, o PS deixou outra folga: mais 6 mil milhões de euros de subida da dívida pública.
De 2006 para 2007, chegou a terceira folga: mais 13 mil milhões de euros de agravamento da dívida pública.
De 2007 para 2008, o Governo socialista, sempre generoso, abriu mais uma folga: mais 8 mil milhões de euros de aumento da dívida do Estado.
De 2008 para 2009, os socialistas esmeraram-se, deixando-nos uma folgazita de truz: o Estado aumentou a dívida em mais 17 mil milhões de euros (leu bem, leitor: mais 17.000.000 de euros, num só ano).
E de 2009 para 2010, o PS, sempre audaz, legou-nos a sexta folga: um aumento da dívida pública de (está bem sentado, caro leitor?) mais 22 mil milhões de euros!
Habituados a tantas "folgas" e "almofadas" anuais, compreende-se bem o discurso dos socialistas. Foi por estas e por outras que chegámos onde estamos.
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