A Espanha teve, ontem, uma viragem histórica. Não tanto pela alternância, que é o habitual, mas pela dimensão do resultado, mostrando o absoluto fracasso e decadência política em que acaba a governação socialista de Zapatero.
Histórico é o tombo do PSOE, com um trambolhão de 15 pontos percentuais e a perda de 4 milhões de votos. Perde 59 deputados. Histórica é também, embora em menor grau, a vitória do PP, que alcança o seu melhor resultado de sempre: subiu 4 pontos e meio ou 550 mil votos; e ganha 32 deputados.
Rajoy, após sete anos de longa - e às vezes muito difícil - porfia, obtém a maioria absoluta no Congresso dos Deputados. E reforça também, de forma estrondosa, a maioria que já tinha no Senado.
Mas o Governo Rajoy não vai ter vida fácil. Não é só a herança Zapatero. É o ambiente geral. Os títulos, de hoje, do EL PAÍS, são sintomáticos:
1º título: España entrega al PP todo el poder
2º título: Los mercados reciben a Rajoy con más ascensos en la prima de riesgo y caídas en las Bolsas
Na maré actual, não é preciso dizer mais. Ou será mau perder?
Já o ABC destaca, numa análise interessante, as 10 tarefas do novo Governo de centro-direita: Los 10 retos de Rajoy. A lista mostra bem a vastidão e dificuldade da empresa:
- Reforma laboral y del empleo
- Política fiscal e impositiva
- Sanear la banca
- Ordenar las cuentas públicas
- Recomponer la política exterior
- Regeneración institucional
- Pacto por la educación
- Agilizar y despolitizar la Justicia
- Gestionar el fin definitivo de ETA
- Rearme moral y anímico de la sociedad
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