quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cavaco Silva, a crise política e os riscos de "segundo resgate"



Cada um tem as suas posições políticas próprias. É normal. 

Mas, sendo objectivo, quem não está de acordo com estes dados evidenciados pelo Presidente da República Cavaco Silva, quanto ao enquadramento incontornável das saídas para a crise política?
  • «O Orçamento do Estado de 2014 e o momento da sua entrada em vigor são determinantes para que Portugal possa regressar aos mercados e obter os meios financeiros indispensáveis ao financiamento da economia e do Estado e para encerrar com êxito o actual Programa de Ajustamento.»
  • «A falta de Orçamento do Estado agravaria, de forma muito significativa, o risco de Portugal ter de recorrer a um novo programa de assistência financeira.»
  •  «Este novo programa [de assistência financeira] seria provavelmente mais exigente.»
  • «[Este novo programa de assistência financeira] teria condições mais gravosas do que aquele que actualmente está em vigor, com reflexos directos - e dramáticos - no dia-a-dia das famílias.»
  •  «Não há sequer a garantia de que os parlamentos nacionais dos diversos Estados europeus aprovassem esse segundo resgate financeiro. »
  • «Em 2014 irão vencer-se empréstimos a médio e a longo prazo, que contraímos no passado, no valor de 14 mil milhões de euros.»
  • «[O Fundo Monetário Internacional] impõe, nestas situações, uma regra: com um ano de antecedência relativamente à data de vencimento dos empréstimos, o Estado devedor tem de possuir os meios financeiros necessários para efectuar o reembolso. »
  • «Em palavras simples: Portugal tem de assegurar, nos próximos meses, a totalidade dos meios financeiros para proceder ao pagamento dos empréstimos que se irão vencer em 2014.»
  •  «A realização imediata de eleições legislativas antecipadas poderia comprometer a conclusão positiva da 8ª e da 9ª avaliações da execução do Programa, previstas para este mês de Julho e para final de Setembro, o que pode conduzir à suspensão da transferência para Portugal das parcelas dos empréstimos que nos foram concedidos.» 
  • «O risco de termos de pedir um novo resgate financeiro é considerável.»
  • «No caso de um segundo resgate, a posição de Portugal ficaria muito desvalorizada tanto na União Europeia como junto de outros países com os quais mantemos um intenso relacionamento económico.»
  • «Depois de tantos sacrifícios que foram obrigados a fazer, depois de terem mostrado um admirável sentido de responsabilidade, os Portugueses têm o direito de exigir que os agentes políticos saibam estar à altura desta hora de emergência nacional.»
Alguém quer rebentar por completo com o país? Alguém se inscreve para discordar?

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