Independentemente do realismo, da serenidade e do equilíbrio com que devemos acompanhar a situação na Ucrânia, há duas coisas que a política e diplomacia europeias devem marcar com firmeza e absoluta clareza.
Primeiro, mesmo que a Rússia detecte forças "nacionalistas" a movimentarem-se na cena ucraniana, isso não é de todo da sua conta. A Ucrânia é para os ucranianos decidirem; e, não havendo qualquer ameaça de ataque ou invasão à Rússia, não há o menor fundamento para qualquer intervenção ou ingerência russa nos desenvolvimentos políticos internos da Ucrânia.
Segundo, as novas autoridades ucranianas têm de dar mostras de legitimidade democrática, o mais depressa possível. Isto é, têm de agir, com respeito pelas minorias e por adversários, assegurando a estabilização indispensável à realização das anunciadas eleições presidenciais em 25 de Maio próximo. E que estas sejam democráticas e livres, com todas as garantias às diferentes correntes políticas internas.
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