quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nem tecnocracia, nem "troikracia"


Vivemos tempos difíceis, estes. Mas há limites para tudo. Sobretudo há insensibilidades que não são admissíveis. Datas que são símbolos nacionais não são moeda de troca de negociações sociais. 

Acabar com o 1º de Dezembro, o primeiro dos feriados nacionais, o dia em que celebramos a nossa independência, no meio de um processo político completamente impróprio e transviado, só por completa insensibilidade política e perda total da noção do que andamos a fazer. Representa ou representaria o abandono e o atropelo dos valores colectivos fundamentais que nos unem e justificam como Nação.

A decisão não seria, aliás, dos senhores cuja sombra esquiva se vê na foto. Mas de outras damas e cavalheiros que não fizessem o seu dever de portugueses. A "troika" não manda, nem governa. Baliza certamente o caminho muito difícil de saída do buraco onde nos meteram e onde estamos sob assistência financeira externa. Mas as melhores escolhas, as melhoras alternativas, as melhores opções é a nós que nos cabe escolher e decidir.

Só uma tecnocracia sem alma ou uma "troikracia" sem carácter poderia permitir-se extinguir datas nacionais, ferir festas nacionais, atingir símbolos nacionais da mais alta importância.

Não seremos indiferentes! Acabar com o feriado nacional do 1º de Dezembro, nunca!

1 comentário:

Nem tudo Freud explica disse...

É inacreditável que se pretenda acabar com o primeiro dos feriados nacionais e com aquele que podia ser celebrado como Dia de Portugal, em vez do 10 de Junho, o 5 de Outubro. Como diz, e bem, só mesmo uma troikracia sem carácter poderia permitir-se a tal coisa.