Qual é o 19º distrito? |
Passada uma semana sobre a aprovação final das listas dos
partidos da coligação, nos Conselhos Nacionais de 30 de Julho, e lidas e
digeridas as notícias e as ressacas, pode-se já fazer uma avaliação mais informada
do que se passou.
No PSD, o processo foi participado e largamente debatido. O
respectivo "picadinho", das escolhas e das exclusões, foi
condimentado e executado a nível das distritais. A reunião do Conselho Nacional
pôde, por isso, ser muito rápida; e decidiu por unanimidade. A liderança do partido não interferiu directamente, senão
num número limitado de casos e de candidatos.
No CDS-PP, por seu turno, tudo o que é relevante foi decidido e imposto
pelo líder. Em rigor, todos os que terão hipótese de vir a ser deputados na
próxima Legislatura foram escolha directa de Paulo Portas: quem é e quem não é;
em que lista vão; e em que posição estarão.
Muitos comentarão que a diferença deve-se ao facto de o
PSD ser um partido basista, em que prevaleceu o aparelho; enquanto o CDS se
tornou num partido de cortesãos, em que prevalece o chefe.
Não foi tanto isso. A verdade mais crua é a de que, tendo
que indicar apenas 30 a 40 nomes para listas conjuntas na "Portugal à
Frente", Paulo Portas tratou do processo como se fosse o comandante de
mais uma distrital do PSD. E, com indiscutível sentido prático, tratou dos
seus.
Por isso, sem sequer um regulamento que tivesse regido o
processo partidário, o Conselho Nacional do CDS-PP foi agitado e com momentos
tempestuosos. Foi a primeira e única instância de apreciação, debate e
confronto. Nalgumas das 18 distritais do PSD também deve ter sido assim
- disso houve notícia aqui e ali.
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