Ontem, na Assembleia da República, o PS ocupou o centro do debate parlamentar no plenário com o seu auto-denominado "pacote da transparência".
Vale a pena ver e ouvir o vídeo da TVI-24 que sintetiza o debate ou ler rapidamente a síntese da Agência Financeira.
Escapando entre abstenções cruzadas, o PS lá conseguiu ver aprovada na generalidade e baixar à comissão especializada o grosso do seu "pacote" - com excepção de um, os diferentes projectos passaram e irão, agora, ser discutidos em pormenor.
Porém, nem sucessivamente interrogado e interpelado, conseguiu o PS esclarecer as razões e os propósitos de tanta pirueta e cambalhota. Os socialistas não quiseram esclarecer o motivo por que, poucos meses depois de sair do Governo, mudaram tão radicalmente de orientação em matérias sensíveis sobre que bloquearam constantemente qualquer avanço legislativo sério no combate à corrupção e na sua prevenção. Em rigor, nem tentaram esclarecer o que quer que fosse, antes fazendo orelhas mocas às sucessivas perguntas das outras bancadas.
Quando muitos casos, escândalos e trapalhadas ainda rolam por aí nos tribunais e o eco de bloqueios, frustrações e contínuas tergiversações político-legislativas não se apagou da memória de ninguém, é caso para dizer que Alberto Martins (ex-ministro da Justiça socialista) e a bancada do PS protagonizaram ontem um caso notório de "arrependimento ilícito". Deixaram-se apanhar em "flagrante delito"... político.
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