No início de uma semana decisiva para o euro, o antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors vem reconhecer que os políticos que lançaram o euro ignoraram as debilidades e os desequilíbrios existentes nas economias dos Estados-membros, acrescentando que a zona euro é defeituosa desde a sua criação e os esforços feitos para ultrapassar a crise têm sido poucos e chegaram tarde. Pena que não o tivesse denunciado, com vigor e esta mesma veemência, logo ao princípio, opondo-se aos "erros" consagrados logo em Maastricht.
Simultaneamente, uma sondagem dá conta de que 60% dos alemães pensa que "o euro não foi uma boa ideia". Dois terços consideram mesmo que o marco, a antiga moeda alemã, era mais estável do que o euro e 49% gostariam de voltar atrás. Nada disto dá muita confiança quanto ao pano de fundo por detrás do pensamento da Sr.ª Merkel e das suas propostas.
Contudo, apesar de todo o clima de crise e de incerteza, que se arrasta há longos meses, as notícias continuam a dar conta de que o euro continua forte e imune aos rumores de que vai acabar, mantendo-se bem valorizado face ao dólar e outras moedas. Para muitos, essa força do euro é parte do problema.
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