Quem não ouviu este estribilho? Foi com ele que vivemos anos a fio: "Ó meu amigo, não tem problema algum: paga depois!"
A coisa agravou-se com os governos Guterres, 1995/2002, em que ocorreu a adesão ao euro e toda a gente se habituou ao crédito fácil e ao dinheiro barato. O Estado aderiu à moda e liderou-a, aliás. Desperdiçou-se a oportunidade de oiro de fazer uma consolidação orçamental em clima confortável. Fomentou-se a imaginação dos encargos futuros: Guterres e Cravinho criaram as SCUT.
Com os governos Sócrates, a coisa ganhou talentos de engenharia pós-moderna e, ao mesmo tempo que continuou a agravar-se o endividamento externo da economia, pelos maus hábitos generalizados de indivíduos, famílias e empresas, consegui-se duplicar a dívida pública em seis anos. E não duplicou de 1 para 2; duplicou de oitenta para cento e setenta. 170 mil milhões! - deve ser este o pesadelo a que Seguro se referia, ontem.
Foi isso que nos aconteceu: "Ó meu amigo, não se preocupe. Não tem problema: paga depois!"
O "depois" é hoje. Estamos a pagar.
O "depois" é hoje. Estamos a pagar.
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