Estamos num tempo em que supostamente tudo pode ser tratado por telemóvel, internet, sites das mais diversas instituições, mas de repente, quando notamos que algo não está a funcionar como foi acordado, começa o Cabo das Tormentas. Se, por acaso, tudo corre bem, até não se fica mal. Mas por norma como é o inverso, entramos na trapalhada.
Começamos por ir aos sites devidos, e dificilmente encontramos contactos de email adequados. Quanto conseguimos encontrar, graças a qualquer “coisa” menos usual, um email de ligação, enviamos o nosso pedido/reclamação, mas não recebemos qualquer resposta, mesmo esperando uma semana, 7 dias.
E vamos repetindo o email, e repetindo e nada, então optamos pela chamada para “aquele” número, que tudo nos resolve. E aí vem música, e uma voz que nos vai informando, se quer “isto” carregue no 1, se aquilo no 2 e normalmente vai até ao 5. Lá carregamos no que pensamos ser mais próximo do que necessitamos, e, vem mais música a dizer que ainda não vamos ser atendidos, e ficámos assim 5 minutos.
Até que achamos estar a ser atendidos, quando nos aparece outra mensagem a pedir para digitarmos o nosso número, que nós pensávamos já estar mais que adquirido pelos automatismos de quem estávamos a tentar falar. Bem, lá deixámos no nosso número de contacto, e nunca mais somos contactados. Até que optamos por nos deslocar a um “loja” a um ponto físico de apoio.
E aí, depois de tirarmos a correspondente senha, esperámos uma boa meia-hora, somos chamados mas ainda não é bem esse serviço, dão-nos outra senha e depois de mais meia-hora de espera, lá conseguimos ser finalmente atendidos, colocar o nosso problema e a pessoa com quem estamos a falar, diz-nos termos razão – ficámos todos contentes, alguém nos deu razão - mas nada lhe ser possível resolver. E dizem-nos, na hora, para escrevermos numa folha de reclamação o que achamos não ter corrido bem, que depois, haveremos de ter uma resposta.
Bem, vamos para casa sem o problema resolvido, mas com a ideia de que irá sê-lo desta vez, e guardámos a cópia que nos facultaram amavelmente, da reclamação que fizemos. E espanto dos espanto, quando em casa vamos ao nosso email, temos uma resposta ao que por esta via tínhamos enviado, faz duas semanas, a informar que estão a tentar resolver o assunto e logo que possível entrarão connosco em contacto.
Das duas, uma: ou de facto o ser humano ainda é indispensável e não vamos, felizmente, ser substituídos em tudo e em nada por máquinas e maquinetas, ou todos estes modernismos que nos desumanizam, estão mal programados.
Esperemos que haja mais estima por todos, e todos a si mesmos se respeitem, respeitando-se e respeitando-nos, e que se recomece a olhar para as Pessoas como Pessoas que de facto somos e queremos humanamente continuar a “ser e estar”, não como algo descartável e menos necessário, uma vez que sem Pessoas a Terra não tem razão de existir.
Augusto KÜTTNER DE MAGALHÃES
7 de Março de 2015
7 de Março de 2015
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