Volto à minha «ritournelle»: então, mas afinal de que é que o «Zé» é acusado?
De receber dinheiro de um amigo, o que não é crime, ou de actos corruptos? Afinal é de quê? Porque é que o homem está preso?
Essa dos cabritos e das cabras, só pode de facto vir dos Desembargadores: em vez de avaliarem factos - que pelos vistos não há no processo - põem-se com moralismos de pacotilha bacoca.
A tese é a de que como o homem não tem recursos conhecidos, e vivia em Paris, não debaixo de uma ponte mas num apratamento no XVIème, comia em restaurantes e não nas «poubelles», recebia umas massas do amigo, o mesmo comprou à Mãe dele uns apartamentos e a Mãe deu-lhe o dinheiro, e mais assim uns esquemas, 'tás a ver pá,?, há-de ser muito corrupto.
Pensava eu que quando alguém é acusado de corrupção, conviria que lhe assacassem actos corruptos em concreto, mas isso, afinal, em Portugal não existe.
Se há submarinos, não há corrupção; se há Freeport, não há corrupção; se há Macau, pode até haver corruptores, mas não há corrupção; mas se há um amigo a emprestar dinheiro, então é porque há corrupção!
Quer dizer: quando lhes passa o elefante debaixo do nariz, os «Sinhores», só vêem um poneizinho encantador. Quando lhes passa uma galinha, vêem um dinossauro...
E batatas!
1 comentário:
Eu também quero um amigo assim!
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