segunda-feira, 4 de maio de 2015

Romeu e Julieta: uma ode à pedofilia

Desculpa Julieta, tenho de fugir! Vem aí o procurador
para me prender por atentado ao pudor e estupro de menores.

Li no Público e acho que não tresli: um casal de adultos, os seus compadres, sogros da filha e o respectivo marido, um miúdo de duas escassas décadas, foram constituídos arguidos e presos por terem conspirado para casar a filha com o genro e esta ter dado à luz duas criancinhas, nos anos seguintes ao casamento.

A rapariga tinha doze anos, à época do casamento. O marido tinha dezassete. Eram ambos menores, mas ele tinha mais de 16 anos, e por isso imputável criminalmente.

Estava eu neste ponto da história, sem entender o nexus de tudo isto, quando cheguei á parte em que os pais e sogros e o marido, foram presos num acampamento familiar no Alentejo. Fez-se-me luz: eram ciganos.

Em parte nenhuma do artigo se diz que eram ciganos, mas sem essa informação a notícia é completamente destituída de sentido. A mais pura «langue de bois» que me recordo de ter lido na imprensa portuguesa.

Sendo ciganos e sendo claro que a rapariga tinha chegado à puberdade, ou seja, podia ter filhos, como teve, parece de elementar bom senso concluir que o que aconteceu é a coisa mais conforme com as tradições tribais da raça. Não para o procurador que acusou nem para o Juiz que enfiou a família na cadeia. Esses só viram o atentado ao pudor de menor.

Não lhes aconselho a leitura do Romeu e Julieta, essa peça de teatro imortal do William Shakespeare: a Julieta tinha 12 anos! A peça é uma ode à pedofilia! Devia ser era proibida…

Entretanto, a pobre miúda tem os pais, os sogros e o marido presos e dois filhos a cargo, a menos que a segurança social, os tenha posto num orfanato do Estado...

Haja Deus!

Sem comentários: